Alunos do CIEJA conhecem movimento por moradia

          No dia 26 de abril, os alunos do CIEJA Clóvis Caitano Miquelazzo, localizado no Parque Bristol, fizeram uma visita aos mutirões da comunidade do Jardim São Savério. O objetivo da visita foi conhecer o movimento por moradia e conversar com as lideranças locais sobre como é o dia-a-dia e a organização dos moradores.

         

          "Foi na época da prefeita Luíza Erundina que tudo começou", disse Tereza Feitosa, 62, com 25 anos de participação no movimento. Segundo ela, a iniciativa partiu do padre João Júlio e da irmã Eni, ambos da pastoral da moradia da igreja Católica.

          Os alunos abordaram os moradores e realizaram uma sequência de perguntas sobre o projeto. Além disso, os visitantes fotografaram o local e gravaram entrevistas com alguns moradores.

Texto noticioso produzido coletivamente pelos alunos que foram à visita

Alunos participam de Projeto sobre Século XX

         Dentre as iniciativas de educadores do CIEJA, os educadores de Módulo IV estão desenvolvendo um projeto didático interdisciplinar intitulado "Os caminhos do século: de onde viemos". O objetivo é proporcionar aos educandos que estão no final do Ensino Fundamental uma reflexão sistêmica sobre as temáticas provocadas a partir de fatos da "Era dos Extremos", para se referir ao historiador Eric Hobsbawn. A proposta será desenvolvida durante todo o ano, permeando todas as áreas de conhecimento, a saber, Linguagens e Códigos, Ciências da Natureza e Matemática, Ciências Humanas e Artes. Além disso, as aulas serão articuladas em caráter interdisciplinar, mobilizando conteúdos e habilidades de todas as disciplinas.

       Para iniciar o projeto, durante esta semana, os alunos construíram uma linha do tempo com alguns dos principais eventos do século XX. Para tanto, em aulas anteriores os professores das áreas de Ciências Humanas (CH) trabalharam noções de contagem do tempo e convidaram os alunos a aplicarem tais conhecimentos na construção das linhas do tempo de suas próprias trajetórias pessoais.

          Tendo construído a linha do tempo a partir das suas trajetórias, os alunos foram convidados a refletir sobre o século em que nasceram (todos são nascidos no século XX) e lembrar de eventos desse século que tinham visto ou ouvido falar.

          A partir das informações levantadas, complementadas por outros eventos citados pelos professores, os educandos foram convidados a pesquisar os fatos para conhecê-los com mais detalhes. Para isso, nas aulas de Linguagens e Códigos (LC), em que eles estão aprendendo sobre o gênero jornalístico, e nas aulas de Ciências da Natureza e Matemática (CNM), em que estão aprendendo sobre métodos de pesquisa, os alunos formaram grupos e consultaram enciclopédias, revistas e livros didáticos para levantar dados (quem, onde, quando, como, por quê, entre outros).

          Pensando na dinâmica de pesquisa, os professores dividiram os eventos em temáticas e atribuíram cores a cada uma delas, a fim de após a montagem da linha do tempo criar referências de consulta para os alunos durante o ano.

           Tendo realizado a pesquisa e montado os cartazes nas aulas de LC e CNM, a equipe preparou uma dinâmica de construção da linha do tempo, aplicada no dia 8 de março pelos professores de CH. Na dinâmica, as salas de Módulo IV foram reunidas e, em roda, cada grupo de alunos expôs o fato que pesquisou e localizou-o na linha do tempo, montada na parede da sala de aula.

          A atividade proporcionou que os alunos dessem suas opiniões sobre a importância de tais eventos para a nossa vida atual. Por exemplo, diante do evento da "Primeira Copa do Mundo no Brasil", o aluno Paiva lembrou da futura Copa de 2014 e disse que Futebol é muito importante porque movimenta a economia. Já o aluno Moisés replicou dizendo que considerava que grandes eventos de Futebol servem para mascarar a pobreza.

          Para finalizar, os professores de CH convidaram os alunos a registrarem no seu caderno todos os eventos, dividindo-os segundo as cores dos cartazes. Uma vez realizado isso, os educandos foram desafiados a descobrir quais temáticas estão simbolizadas nas cores.

           A partir dessa atividade o projeto terá continuidade proporcionando, no primeiro bimestre, uma reflexão sobre as primeiras décadas do século XX. Alguns dos temas previstos são: território e poder, conhecimento e ética. Os temas citados serão trabalhados articulando fatos do passado e da atualidade.

         

UM BOM ANO PARA MUDAR

"Mude.
Mas comece devagar,
porque a direção é mais importante que a velocidade.
Sente-se em outra cadeira, no outro lado da mesa.
Mais tarde, mude de mesa.
Quando sair, procure andar pelo outro lado da rua.
Depois, mude de caminho,

ande por outras ruas, calmamente,
observando com atenção

os lugares por onde você passa.
(...)

Você certamente conhecerá coisas melhores
e coisas piores do que as já conhecidas.
Mas não é isso o que importa.
O mais importante é a mudança, o movimento, o
dinamismo, a energia.
Só o que está morto não muda!"

Texto de Edson Marques

          No começo de ano, o desejo de mudar nos assalta com uma energia impressionante. Provavelmente você já tenha parado para pensar quantas mudanças desejamos fazer nesta época: mudanças em nossa casa, em nossos horários, em nós mesmos.

          Cremos que pensando em mudar - de emprego, de casa, de opinião... - é que você, nosso aluno, reiniciou seus estudos.

          É por acreditar que a educação é um caminho para mudança que nós, equipe do CIEJA Clóvis Caitano Miquelazzo, desenvolvemos o nosso trabalho de educadores e estamos dispostos a ajudar nossos alunos a planejar seu futuro investindo no presente.

          Desejamos nossas boas vindas enfatizando que nós acreditamos em você!

          Veja abaixo alguns trechos das redações produzidas na primeira semana de aula sobre o que nossos alunos esperam de seu futuro:

“O que vale nesta vida, que um dia passará, é ter a capacidade de amar ao próximo, ser uma pessoa honesta e fiel a seus princípios. Por isso espero, no meu futuro, ser feliz com detalhes que meu coração guarda e que todos nós nos esforçamos para ser um dia: completos.” (Mariana, 4A)

 “Fui mãe aos  15 anos, tive que parar de estudar, mas ao descobrir essa nova experiência, resolvi não desistir do meu sonho: fazer faculdade de pedagogia, dar às minhas filhas um futuro melhor. (...) Apesar das dificuldades que a vida nos dá, sempre devemos levantar depois do primeiro tombo.” (Jaqueline, 4A)

“Quando eu tiver com 22 anos pretendo comprar minha casa e meu carro” (Bruno P., 4A)

 “Espero que o futuro esteja bem mais brilhante e com menos pessoas passando fome e que todos possam ter uma vida mais digna e respeitada” (Dineia, 4A)

“Quero ser essa pessoa feliz, jamais quero ser uma pessoa triste, apesar dos problemas. Não quero abaixar a cabeça e ficar triste; vou levantar a cabeça e falar lutei, lutei e venci, e sempre quero continuar vencendo, com ou sem problemas, e que todos façam o mesmo: lutem pelos seus ideais, porque na vida nunca devemos abaixar a cabeça.” (Ana Paula, 4A)

“Daqui a 5 anos espero estar formado, mudar de profissão, estar bem estabilizado e ter pelo menos dois filhos.” (Marcelo, 4A)

“Daqui a 5 anos espero fazer faculdade e ser uma das pessoas com estudo para melhorar o Brasil, espero redobrar minhas forças para continuar, espero fazer um país melhor e construir minha família.” (Gabriela, 4A)

“Eu espero que no meu futuro eu tenha emprego bom, tenha um filho, uma casa própria e termine meus estudos.” (Lucas Henrique, 4A)

“Hoje eu tenho três riquezas: meu marido, minha filha e o meu filhote. São lindos, eu sou apaixonada por eles.” (Milena, 4A)

“O dinheiro não é tudo na vida, mas quem não gosta de ter seu próprio dinheirinho sem ter que depender dos outros.” (Leila, 4A)

“Espero ter condições financeiras melhores, para dar o melhor ao meu filho, que está por vir. Trabalhar em um emprego digno, onde eu vá crescer bastante, até que eu possa dizer que lutei para ser dona do meu próprio negócio. Queria muito que este dia chegasse, e junto dele um mundo melhor onde não houvesse tantas poluições, violências, matanças...” (Karen, 4A)

“Daqui a cinco anos, que Deus me dê muita saúde, que eu possa ver tudo de bom acontecer com minha família!” (Luciana, 4A)

“O que eu espero do futuro é prosperidade e igualdade para todos. Poder ver cada um de nós viver dignamente feliz, que todos possam trabalhar com honestidade e respeito. A esperança de uma vida melhor só depende de nós: acreditar sempre e lutar por nossos objetivos. Se todas as pessoas acreditarem em seus sonhos tudo pode mudar.” (Antônia Lúcia, 4B)