CONTEXTOS

APRECIAÇÃO DA OBRA DE VIK MUNIZ POR UM ALUNO


          Vejo um trabalho feito por Vik Muniz que é uma releitura da pintura de Caravaggio. Essa obra, cuja figura é Narciso, personagem da mitologia grega, que se apaixona por si mesmo.
          Na imagem produzida por Vik Muniz podemos ver Narciso debruçado sobre a água olhando para sua própria imagem refletida.
          Um trabalho feito com lixo reciclável de diversos materiais: plásticos, latas, brinquedos, peças de computadores, entre outros. As cores são bastante diversificadas, tons cremes, beges, azuis, vermelhos, pretos.
          Um trabalho digno de elogios, feito por esse artista contemporâneo que é o Vik Muniz, reconhecido no mundo inteiro, o que nos deixa bastante orgulhosos por se tratar de um brasileiro.

Minhas considerações

          O Vik Muniz nos mostrou que a arte não é só para classes elitizadas. A sua arte vai muito além, pois ele conseguiu penetrar nas classes mais populares, conseguindo no fazer entender que todos podemos fazer arte.

Jadir Queiroz da Silva, módulo 4A


PONTILHISMO: UMA EXPERIÊNCIA ESTÉTICA

La Parade (1889)
Georges Seurat
          A professora Claudia Moi, que ministra Artes para os alunos do módulo III e IV do período matutino, vem trabalhando com os alunos a técnica artística do pontilhismo. A partir de fotografias retiradas de revista, das quais são tirados os modelos para trabalhar com essa técnica, os alunos utilizam lápis e canetinha para criar suas próprias leituras "pontilhistas".
          O Pontilhismo (também designado por divisionismo), é uma técnica de pintura, saída do movimento impressionista, em que pequenas manchas ou pontos de cor provocam, pela justaposição, uma mistura óptica nos olhos do observador (imagem). Georges Seurat (1859-1891), é aquele que pode ser considerado o iniciador desta corrente artística.
          Confira abaixo o excelente trabalho do aluno Renato, do IV B:



ALUNOS DO MÓDULO II COMEÇAM
A TRABALHAR COM JORNAL


          Os alunos do Módulo II - período da manhã - começaram a trabalhar com jornal nas aulas. O objetivo é possibilitar que os educandos tomem intimidade com o gênero jornalístico, previsto nas expectativas do plano de Português.


          Primeiramente, a professora Célia explicou sobre a divisão dos cadernos, o que se pode encontrar de informação em cada caderno, o que é manchete, fonte, fato, etc.
          Depois os alunos em pequenos grupos puderam manusear o jornal e ler o que tivessem vontade. A seguir, cada grupo recebeu um caderno diferente e eles deveriam procurar uma notícia assinalada com x, previamente separada pela professora. Nesta notícia deveriam identificar manchete, fonte, fato e preencher um cartaz com as informações conseguidas.

 

           Este foi o início de um trabalho que perdurará durante todo o ano letivo e se prolongará por todos os módulos subsequentes.

ALUNOS TRABALHAM COM DESENHO A CARVÃO

         Os professores da área de Artes do CIEJA Clóvis Caitano Miquelazzo realizaram um trabalho coletivo com todos os módulos aplicando a técnica de desenho a carvão.
          O carvão, normalmente utilizado por muitos artistas no traçado-base de suas pinturas, é também empregado na elaboração de desenhos.
fusain é o carvão apropriado para o desenho artístico. No entanto, pode-se imporvisar com carvão comum.
          Confira as fotos: 

COLOCANDO A MÃO NA TINTA


         Os alunos do Módulo II do período noturno estão colocando as mãos na tinta durante as aulas de arte da Professora Célia.
          Para iniciar as aulas de arte, a professora escolheu falar um pouquinho sobre como a dimensão estética está presente no homem desde a época das cavernas. Para isso os educandos viram inúmeras fotos de pinturas rupestres, o que os levou a refletir sobre como a necessidade de expressar e registrar acompanha o homem desde os primórdios.

Pintura Rupestre na Tailândia

          Para entenderem melhor como os primeiros homens fizeram tais registros, os alunos usaram o próprio corpo (mãos, pés...)  para criar impressões a partir de tintas feitas com beterraba, espinafre e açafrão.

Trabalho realizado pelos alunos




ALUNOS REFLETEM SOBRE O BRASIL



          Em sequência didática de caráter transdisciplinar, os educandos dos módulos III e IV do período noturno refletiram sobre a diversidade cultural encontrada no território brasileiro.


         A partir da música Aquarela do Brasil, de Ary Barroso, os alunos relataram as características dos estados de onde vieram e foram construindo um painel da diversidade brasileira.


          Nas aulas de arte, eles selecionaram diversos elementos que faziam referência a essa diversidade cultural e compuseram imagens que ilustravam as riquezas brasileiras cantadas na música. No módulo III, os alunos selecionaram essas imagens e escreveram sobre suas impressões. Já no módulo IV, eles preencheram mapas do Brasil com recortes e desenhos que simbolizavam realidades do país.

         
          Paralelamente, nas aulas de Matemática, os educandos aprenderam o que é "densidade demográfica” e como calculá-la a partir de dados populacionais do IBGE. Em atividade coletiva, eles construíram grandes mapas simbolizando a densidade demográfica pelo uso de lantejoulas.




TRABALHANDO O CORPO
NAS AULAS DE CIÊNCIAS E GEOGRAFIA

          Os alunos do Módulo II da Professora Célia - período matutino - deram início à compreensão do próprio corpo a partir de uma atividade que os levou à uma atitude de colaboração e criatividade.


          Nela os educandos começaram pela questão: O que fez parte do meu corpo? E, a partir desta reflexão puderam compreender quais são os limites físicos do ser humano e como este todo físico que nos forma e ao qual nós chamamos corpo se relaciona com os demais seres, também constituídos de corpos, formando grupos.


          A fim de conhecer melhor seus próprios corpos, os alunos se dividiram em grupos e desenharam seus corpos em tamanho real. Em seguida, os educandos colocaram placas com nomes de órgãos nos lugares em que eles julgavam se localizar os mesmos.



          Num segundo momento, a professora expôs a eles uma réplica do corpo humano em que era possível ver onde os órgãos se localizavam. Então, eles puderam verificar seus acertos e erros.
          Aproveitando a reflexão dos corpos como limites, a professora expandiu a ideia de contorno e introduziu os mapas dos continentes, países e estados, a serem trabalhados amiúde nas próximas aulas.   
          A proposta consistiu na integração de áreas como Matemática, Língua Portuguesa, Ciências e Geografia.


 

TRABALHOS REALIZADOS A PARTIR DA OBRA E TÉCNICA EMPREGADA POR TIDE HELLMEISTER



          No início do ano os alunos foram conhecer a obra do artista paulista Tide Hellmeister na Caixa Cultural.

          A exposição chamada Brava Gente Brasileira trazia instalações que remetiam ao universo das personagens criadas por Tide. O artista era um grande observador do cotidiano urbano e criava suas personagens inspirado em pessoas que passavam por ele em lugares como o metrô de São Paulo. Por meio de colagem e pintura, Tide elaborava a imagem de suas personagens, dando-lhes também uma pequena biografia.


         A partir desta visita, os professores de Artes e Linguagens e Códigos, motivados pela OPE Júlia Maria, desenvolveram projetos que possibilitaram aos alunos atividades em que estes se apropriaram da técnica do artista para fazer suas próprias criações artísticas. 


         Dentre os alunos do Módulo III do período noturno, um dos educandos chamado Marcelo, III I, que é caricaturista, criou os retratos dos alunos e estes escreveram suas autobiografias. Confira o resultado:


A PEQUENA CURIOSA


          Sebastiana nasceu em 20 de janeiro de 1950 em Carbonita, no estado de Minas Gerais. Seu pai garimpeiro, chamava-se Joaquim Francisco e sua mãe Vitalina, aliás uma grande companheira e dona de casa. Aos 12 anos perdeu os pais e foi encaminhada para um orfanato em São Paulo, no entanto, permaneceu por pouco tempo e foi enviada para uma casa de família. A mineirinha de espírito alegre diverte-se com os colegas e ama sua escola onde faz grandes amizades. Curiosa, questiona o tempo todo, não se acomoda com a mesmice, quer coisas novas sempre. É desinibida, gosta de agradar a todos. Seu jeito meigo encanta aqueles que a cercam. Corre atrás do tempo perdido e dos sonhos não realizados. Um grande exemplo de vida.

EMÍLIO BRAÇO-FORTE


          Filho de espanhol com uma bela baiana, natural do Bosque da Saúde em São Paulo, filho de Deus. Homem forte, cultiva o ideal de formar-se em breve para ser segurança escolar. Atualmente estuda à noite e trabalha como ajudante de limpeza. Sempre disposto, no final das aulas, permanece no portão do estacionamento garantindo a segurança dos professores. Já é chamado por todos por Emílio”Braço Forte”. Por ser um homem perseverante e esforçado sonha em um dia tornar-se formado e letrado... Foi deixado no altar e desde então não mais quis se casar. Cansado de viver na solidão um outro amor resolveu então buscar.Este rapaz cheio de vida um novo amor encontrou e desta forma um de seus sonhos hoje já se concretizou.

          Já no Módulo IV do período matutino, os educandos utilizaram a técnica da colagem para criar o retrato de suas personagens. Em seguida, produziram relatos biográficos das mesmas. Dê uma olhadinha:

A mulher coragem
         Vinda de família pobre, MARIA CLARA morava em uma favela com os pais e quatro irmãos. Ela tem pele negra, cabelos crespos, sorriso de marfim. Começou a trabalhar bem jovem para ajudar sua mãe que ficou viúva. MARIA não deixou de sonhar, foi à luta e estudou muito, pois ela queria mudar de vida. O tempo passou e ela com muita dificuldade se formou na USP como médica de clínica geral, mas um dos sonhos dela era servir a população carente e trabalhar na favela onde nasceu. Aos trinta anos ela era uma mulher realizada e conseguiu sair da favela e se formar. Hoje ela tem quatro filhos e um ótimo casamento. APESAR das dificuldades ela não desistiu, não parou de sorrir e nem de continuar sonhando porque quando realizamos um sonho sempre tem outro a ser realizar.

DENISE, IV C

Gisele Gomes da Silva (Gisa)

           Nascida em São Paulo, sua infância foi de uma criança normal de cidade grande. Tornou-se uma moça sonhadora querendo aparecer nas passarelas do mundo a fora. Sua mãe, muito orgulhosa, decidiu tentar realizar o sonho de sua filha tão querida. Então foram à luta e para sua surpresa, ela foi aceita de imediato, pois era o tipo de garota que eles estavam procurando. Assim, ela começou sua carreira de modelo aos seus 13 anos de idade, conquistando seu sonho em cada cidade e país por onde ela passava. Agora, com 29 anos ela amadureceu e sonha em ser mãe de dois filhos pelo menos e morar na casa conquistada pelo seu próprio trabalho. Ela já tem um amor em vista e está começando um lindo romance.

DEUSANI, IVC

          É interessante observar nestes trabalhos como se misturam FATO e FICÇÃO, SONHO e REALIDADE nas construções de nossos educandos a ponto de não sabermos ao certo onde fica a fronteira entre os autores e as personagens. Veja conferir outros trabalhos na nossa Mostra de novembro. Até lá!!!

“QUEM NÃO VÊ BEM UMA PALAVRA

NÃO PODE VER BEM UMA ALMA”

(Fernando Pessoa)