"Consumo responsável da água" e "combate à dengue" estão nos painéis do CIEJA

A atual crise de falta d'água tem exigido de toda a sociedade uma reflexão aprofundada sobre este recurso e seu uso. Nesse sentido, e para não se furtar a tornar a escola um espaço de debate dos problemas contemporâneos, o CIEJA Clóvis Caitano Miquelazzo também iniciou uma série de ações para debater a questão da água e outros temas correlatos.

A primeira das ações foi o início dos debates motivados pelo "Dia Mundial da Água". A partir deles foram levantadas entre os alunos questões como o consumo responsável da água, sua compreensão como recurso finito e problemas causados pelo acondicionamento incorreto da água, como é o caso dos surtos de dengue.

Dessa primeira abordagem resultaram painéis que ficarão expostos ao longo do mês de abril e estimularão outras ações de reflexão e intervenção social quanto ao uso da água. Os professores se organizaram em módulos e propuseram a discussão de aspectos diferentes do tema:

Módulo I e II (Manhã) 

Nos módulos iniciais da manhã, as professoras Nádia e Sandra estão propondo a discussão em torno do consumo responsável da água. Os painéis trazem gotas com dicas escritas pelos alunos numa atividade que envolve alfabetização e a construção de banco de palavras temático.

Módulo I e II (Noite)

As professoras Eli, Leny e Célia propuseram discutir com os alunos vários aspectos referentes ao tema da água. Desde seu ciclo àquelas doenças que podem ser causadas pela água poluída ou pelo acondicionamento incorreto do recurso.

Nos módulos 1C e 1D, a professora Eli mobilizou os alunos a descobrirem quanto se gasta em água para a produção de tecidos, carros e outras coisas do dia-a-dia. Neste trabalho, os alunos puderam se surpreender com a quantidade absurda de água que é utilizada para fabricar uma calça jeans ou plantar um pé de alface. Ademais, os alunos ainda criaram painéis em alto relevo que explicam a distribuição de água nas casas.

Compreender a origem da água e compreendê-la como recurso finito, embora renovável, é o que os alunos dos módulos 2C e 2E se propuseram a ilustrar em seus painéis, sob coordenação da professora Célia.

Além disso, a problematização da falta de água não ficou de fora dos trabalhos dos módulos I e II (noturno). Em busca de informações, os alunos consultaram revistas e jornais buscando repertoriar-se sobre a crise hídrica, o que resultou em cartazes com manchetes. A partir do repertório levantado, os alunos também produziram textos jornalísticos tratando do tema.

Já nos módulos 2D e 2F o trabalho dirigido pela professora Leny abordou o uso da água como fonte de produção de energia elétrica. Para compreender melhor os processos que tornam o ciclo da água possível, os alunos aprofundaram seus conhecimentos sobre os estados da água e seus processos de transformação. Por meio de recortes de revista, eles ilustraram cada estado da água e compreenderam que ela está presente por todo o planeta Terra.

Módulos III e IV (manhã)

Os professores das séries finais do ensino fundamental produziram com os alunos da manhã painéis que abordaram o tratamento de água e esgoto (Ciências da Natureza e Matemática), o mapa fluvial da cidade de São Paulo (Ciências Humanas) e a economia de água e combate à dengue (Linguagens e Códigos).

 

A partir de ilustrações do processo de tratamento do esgoto e do ciclo do mosquito da dengue, o professor Edmilson confeccionou com seus alunos painéis explicativos.

Já a professora Cláudia, apresentou aos educandos mapas antigos da cidade de São Paulo onde era possível visualizar o fluxo de rios que hoje estão canalizados. As informações levantadas pelos alunos possibilitaram a identificação da origem dos alagamentos que, em épocas de chuva, prejudicam tanto a vida dos paulistanos.

Ainda no período da manhã, a professora Jasmim produziu com os alunos slogans de conscientização do consumo de água e de combate ao mosquito da dengue.

 

Módulos III e IV (noite)

No período noturno, a discussão entre os módulos III e IV girou em torno dos impactos que a falta de água causa à sociedade, bem como comportou um trabalho estético com a temática da água nas aulas de arte.

As professoras Eleude e Joana Souza trabalharam com as matérias de revistas e jornais para produzir cartazes se referindo a vários aspectos sociais da falta de água. Os trabalhos partiram da discussão de como o sudeste brasileiro tem aprendido com o nordeste a lidar com a questão da seca.

Com os módulos IV, a professora Marlene, em Linguagens e Códigos, propôs aos educandos a produção de cartas abertas nas quais os alunos escreveram suas opiniões sobre a crise da água. Apresentadas em um atrativo painel, as cartas estão à disposição dos leitores do CIEJA.

 

Já os professores Mário (Artes) e Joana Batista (Linguagens e Códigos) criaram um painel azul em mosaicos ondulados remetendo a cores e formas associadas à água.

Vem mais por aí...

E as ações de reflexão sobre o consumo responsável da água não param por aí. Além do esforço da escola como um todo em reduzir o consumo de água em ao menos 20%, ainda haverá atividades intermodulares de exposição dos trabalhos e um informativo que será produzido pelos alunos e entregue à comunidade.

Mais que direito a flores: alunos do CIEJA refletem sobre o Dia Internacional da Mulher

Para marcar o Dia Internacional da Mulher, os professores do CIEJA Clóvis Caitano Miquelazzo desenvolveram uma série de atividades reflexivas sobre a condição da mulher na sociedade contemporânea. Tanto quanto elevar a autoestima das mulheres, as reflexões foram marcadas pelo reconhecimento da mulher enquanto cidadã que deve fazer valer plenamente seus direitos.

Em atividades que mobilizaram a aquisição das habilidades de leitura e escrita, os alunos dos módulos I e II refletiram sobre a condição da mulher trabalhadora, gravaram depoimentos e não deixaram de realizar atividades de elevação da autoestima da mulher.

Nos módulos III e IV, os alunos discutiram sobre os espaços da mulher na sociedade atual, aprofundaram os conhecimentos referentes ao corpo feminino e suas diferenças em relação ao corpo masculino, estudaram as diferenças salariais entre homens e mulheres ainda em nossos dias e produziram textos e cartazes nos quais foram registrados suas aprendizagens.

 

 

Novo ano, novas expectativas

Há um menino, há um moleque

morando sempre no meu coração.

Toda vez que o adulto balança

ele vem pra me dar a mão.

          O início do ano sempre é um tempo de sonhar novos sonhos, traçar novos projetos, alimentar novas expectativas. A questão é que nunca podemos começar do zero. Todos os planos que fazemos ao início de cada ano se constroem a partir do caminho que já percorremos. No homem ou mulher que somos hoje está presente todas as escolhas que fizemos no passado. Infelizmente, não só as escolhas que nós fizemos, mas aquelas que fizeram por nós e que, muitas vezes, não foram as melhores, Viver o presente passa por ressignificar nossas experiências do passado.

         Para a recepção deste ano, o CIEJA acolheu os alunos com a música “Bola de Meia, Bola de Gude”, de Milton Nascimento e Fernando Brant. A partir do trabalho com a música, os alunos foram convidados a pensar sobre as experiências da infância – positivas e negativas – que marcaram suas vidas. Dessas reflexões resultaram inúmeros trabalhos que trouxeram em sua motivação as mais diversas possibilidades de sentido detonadas pela canção.

        Nos módulos I e II do período matutino, os trabalhos discutiram valores como o da solidariedade e do respeito ao próximo, representados pela montagem gráfica de uma ciranda, brincadeira muito comum à infância de nossos alunos.

         Já nos módulos I e II do período noturno, os trabalhos envolveram a relação passado-presente, ilustrada por meio de fotos dos alunos. Também foram trabalhadas listas de brincadeiras da infância e textos injuntivos com as regras dessas brincadeiras.

 

Nos módulos III do período noturno, partiu-se da reflexão em torno das memórias para motivar os alunos a produzirem brinquedos de sua infância. Foram pipas, petecas, bonecas de pano, bolas de meia, estilingues, entre outros. Além disso, eles também escreveram textos registrando lembranças da primeira idade e cartões com suas expectativas para 2015.

Nos módulos IV do período noturno, a parceria entre Linguagens e Códigos e Artes resultou num painel que tematizou relação entre o adulto e a criança que existe em todos nós. Além disso, os alunos ainda produziram poemas que utilizaram como suporte de exposição um roda de bicicleta. A área de Ciências da Natureza e Matemática aproveitou as imagens sugeridas pela música para dar-lhes forma a partir do trabalho com o Tangram.

Os módulos III e IV da manhã, refletiram sobre os valores que pautam a vida de cada aluno e a relação desses com a infância que tiveram.

Os painéis estão expostos no corredor das salas do CIEJA para que os próprios alunos possam prestigiar o trabalho de cada colega.